Poesia para despertar Sophia

Poemas inspirados em vivências filosóficas

No aeroporto, vejo uma criança
nos braços do pai.
Braços pendentes, tão segura e solta,
ela descansa.
Mas, de repente, eis que ela desperta,
e vem e vai,
e corre e dança.
Algumas vezes, o pequeno cai,
e então, o pai o ergue e socorre.
Secando as lágrimas, bem rápido se vai,
esquece a dor, e já de novo corre...
Apenas uma criança...

Assisto à dança que se repetia,
mas fez-se turva a minha visão
diante dessa curiosa coreografia...
Pois os meus olhos, imersos em lágrimas,
de tanta dor por correrias tantas
e tantas quedas em vão,
procuram, a esmo, um pai que as console
neste saguão.

Apertar cintos, partir adiante,
deixar para trás o chão e a paisagem conhecida.
Fechar os olhos e apenas planar,
partir em busca de recomeçar
uma outra vida.

De olhos fechados, imagino, então,
que o que, de fato, me eleva do chão
são os braços de meus Pais.
Braços seguros que me levam a um lar,
e, a mim, coubesse apenas flutuar
e nada mais..

Que assim seja, Senhor que me embala
hoje em teus braços.
Não levo mais que a confiança em ti
em minha mala.
Posso correr, dançar e rir até,
na mais completa segurança e fé,
pois vês tudo o que faço.
Nunca estarei distante o suficiente
para que não possas tomar-me, de repente,
e estreitar-me de novo entre teus braços.

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