Poesia para despertar Sophia

Poemas inspirados em vivências filosóficas


Não leves armas; pesam tanto e a nada servem;
seu coração, de ideais, é blindado;
e jamais penetrarás ali.

Recomendo que o cerque nos jardins;
destrói as flores, diga que elas são vulgares,
e que suas pétalas, caídas, sujam o chão,
e ele plantará novas sementes,
pois acredita que a beleza nunca mente,
e que suas forças sempre a ela servirão!

Obstrui seu caminho antes que ele encontre pássaros,
construindo e adornando seus ninhos.
Afirma, então, que é impossível alçar voo,
e que ele está sozinho,
em seu estéril sonho aéreo.

Jura em voz alta que nada é sagrado,
que nada possui significado,
e que nunca houve Deus.
Mais que depressa, fecha seus ouvidos
Antes que ouça qualquer ser que chora,
pois, se ele os escuta, há de reagir,
E então, bem alto, ele há de te rugir:
“-Se não havia Deus,
há de haver a partir de agora!”

Reitera que não existe nobreza no ouro,
nem pureza no lótus; que nada é duradouro,
e que os cisnes são só meras aves...
E ele te bradará que são naves,
em que, por vezes, empreendeu viagens,
nas quais, bem alto, viu que existe um outro Mar!
E quererá, por força, levar-te até lá!

Caso a angústia dos mil argumentos,
destroçados em poucos momentos,
te leve ao desespero... Pisa nele!
Pisa forte suas mãos, jamais cansadas,
e seus joelhos, mil vezes dobrados...
e os seus olhos, e o seu coração.

Mas toma cuidado, somente,
para que tua ira não os reduza a sementes,
pois, com certeza, se o fazes,
eles renascerão!
Incansáveis, invulneráveis...
Com ambição de voar novamente!



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