Nada
tão plácido quanto carpas em um lago...
Nada
tão Fogo, flamejante, aceso...
Vermelha
carpa a ondular, num lago,
Fogo
que a Água nunca logra apagar.
Nada
traz tanta paz à nossa alma
como
ver carpas em um rio, calmas...
Até
que clame a voz de sua natureza
e
enfrentem a correnteza.
Então,
remontam o Rio Amarelo,
cruzam
inteira a extensão do Império
e,
gloriosas, triunfam e tornam-se Dragões.
Neste
momento, não são Paz, são puro Fogo...
Serão
mesmo diferentes?
Serão
duas coisas, Fogo-Luz e Paz ardente?
A
labareda do Dragão já está presente,
já se
pressente na carpa,
pois,
decretado no mistério, austera norma,
de
alguma forma, o que há de ser, já está aqui.
A Paz
da carpa, em sua máxima expressão,
são o
Poder e a Realeza do Dragão...
Sempre
há dragões que rugem furiosamente
entre
os sonhos das minhas noites mais serenas...
E,
qual a carpa, eu protejo as sementes
na
placidez horizontal das fontes...
Mas
rastreio as corredeiras,
e
ensaio as ascensões,
guardando
a chama-semente
de
Dragões.
E sei
que não haverá jamais
a Paz
sem o Fogo e o Fogo sem a Paz
para
aquele que nasceu carpa vermelha
no
rio amarelo do mundo...
Jamais.
1 comentários:
Muito bom!
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