Poesia para despertar Sophia

Poemas inspirados em vivências filosóficas

 
                                                                           A Nicolau de Cusa.
 
 
Conforme avisa o grande pensador de Cusa,
fazendo eco ao que ensinava o antigo Egito,
a exclusão nasce da má visão, confusa,
que visa ao fato, mas que não divisa o mito.
 
Quem vê o mito, o engano logo acusa,
dispensa o peso do sensual por sonhos leves...
E, consciente do dual, maneja e usa,
comprova o acerto da Ars longa, vita brevis.
 
Com alquimia, canaliza a luz do dia
e obtém o grau de lucidez pedido.
Mas é na noite que ele vai buscar magia,
teurgo de um portal arcano e esquecido.
 
Do justo amálgama, ele modela a porta
de acesso ao mundo onde o dual logo se ausenta.
Neste umbral, vive o encontro que transporta
a mente à fonte que a desperta e alimenta.
 
Braço de Deus que se estende rumo a Adão
e ergue do solo o antes inerte e cego homem...
Pois é acima que, com arte, a União
solve e elimina os falsos pólos que consomem.
 
Renascimento, foste escola e movimento,
hoje, és momento humano de apurar a vista...
Amar mistérios é semear renascimentos,
viver mistérios faz-nos ser renascentistas.

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