Momento de maturidade, luz dourada,
Safra colhida, há que extrair o grão
que voltará à terra na estação
em que se brinda à vida renovada.
Tarde dos ciclos, hora do poente,
De colher frutos, cumprida a missão,
Sintetizar a vida em sua expressão
Mais reduzida, misteriosa semente.
Logo virá a noite, e a vida hiberna
E a lei dos ciclos cumpre seu caminho
Que vai da vida dual à vida eterna,
Qual frágil uva ao persistente vinho.
Que ao passar por nós, o áureo outono
Faça ecoar o som do duradouro...
E, ao mergulhar o transitório em sono,
Possa tornar homens de terra em homens de ouro.
0 comentários:
Postar um comentário