Poesia para despertar Sophia

Poemas inspirados em vivências filosóficas

“Cada Momento de nossa vida

tem importância,

tem uma força histórica.

Jamais voltaremos a estar

como estivemos.” JAL.

Todo tempo não é mais que um mistério,

como fosse uma criptografia.

Como um jogo de revela-esconde

dos sinais que indicam a via

que conduz ao Segredo: aonde?

Onde foi que deixei, no caminho,

tantos rostos e gostos e ”eus”?

Ou será que o que sou se esqueceu,

Qual se a vida fosse estranho vinho?

Ou será que o que sou criou asas,

e deixou sua pálida casca,

e o que vejo de mim é só máscara

e o Ator já retorna à casa?

Quando o ágil vendaval do tempo

já me envolve e, à minha volta, assovia,

arrastando minhas vestes sombrias,

vejo mais do meu Corpo Real.

Mais um ciclo e mais um vendaval,

lá se vai mais um véu, novamente.

Talvez só uma pequena semente

Restará da tormenta final.

Já a sinto em meu peito, agora,

tensionando, buscando espaço.

Em meu rosto, já sinto seus traços

associados àqueles que o tempo

desenhou, com seu hábil compasso,

dando à obra o arremate essencial.



Pois quando o tempo circula, em suas eras,

Algo adormece e algo desperta ao sono.

Eis que o meu rosto já se tinge de outono

mas o meu peito explode em primaveras.



(*) Citrinitas é, no trabalho alquímico, a “Obra em Amarelo” que se segue à “Obra em Branco”, ou seja, a maturidade, a “velhice de alma” que ocorre quando se logra alguma purificação, e que nos aproxima da “Obra em Vermelho”, a espiritualidade. Nesse momento, em Citrinitas, se abre a “Cauda Pavonis”, a cauda do pavão, com todas as cores do Universo,e se descobre que tudo isso existe dentro de nós , assim como existe fora.


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