Vós, os Cavaleiros que atravessais esta longa noite,
convocando os nobres a virem compor o vosso cortejo,
vós, que caminhais, de forma tenaz, pela longa noite,
até que o futuro lhes abra a porta, lhes dê ensejo,
vós, os que marchais por todos que dormem e os que duvidam,
vós, que aguardais até que despertem e se decidam,
vós, que afrontais, com vossa Vontade, essa dor insana,
sois os que registrais, com vosso próprio sangue, a história humana.
Vós, os que resgatais, na escuridão, os que andam a esmo,
e que os direcionais, no justo caminho, à busca de si mesmos,
vós, os que, incansáveis, não conheceis limite ou fronteira,
e que, em meio à noite, alimentais a chama verdadeira,
vós, que, com vosso Sopro, fazeis soar o Clarim sagrado,
sopro atemporal, que torna atual o Valor passado,
vós, que sabeis portar a marca ancestral que o homem merece,
só ante Vossa Voz nossa alma se abre e se reconhece.
Sonha, um dia, estar pronta a dedicar-se ao vosso ofício,
estar dedicada à ação, à transmutação e ao sacrifício.
Estremece, enfim, e se reconhece ante vossa Voz,
esta alma adormecida que jaz sonhando dentro de nós.
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