O que há para calar?
O que há para ser dito?
O que há, enfim,
de fugaz e ilusório
ou de autêntico e infinito?
O que espera de nós
Quem nos deu voz?
Palavra é ritmo, é canção...
Expressa o que se processa
do que é vivido.
Palavra se reduz a vibração;
marca e evoca a simpatia
entre a voz e o coração.
Palavra veraz traz à vida
a essência adormecida
em cada imagem invocada...
Ao constituir som ou ruído,
a palavra porta a vida,
a palavra porta a morte
ou a palavra porta o nada...
O que espera de nós
Quem nos deu voz?
Onde encontrar a palavra
essencial?
Onde o canal
que traz ao mundo a mensagem
prometida?
Esse tardar é razão da maior
fome,
tardar de um Nome
que traga em si a identidade e a
missão
a ser cumprida...
Essa é a fome que nos leva a questionar
ardentemente,
mas sempre um questionar mudo em
palavras,
vazio, somente,
lacuna escura da Palavra a ser
ouvida...
E, a cada passo, indaga a voz do
Universo,
“O que espera de nós quem nos deu
Vida?”
1 comentários:
Belos poemas! Muito obrigado!
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