Poesia para despertar Sophia

Poemas inspirados em vivências filosóficas

Um dia, nascem,
noutros, fenecem...
Fugaz passagem,
pois pouco é o preço
pago ao acesso,
desejado e abandonado ingresso,
enquanto
divertimo-nos em prantos
ou em risos, tão iguais...
O Sonho é sério:
exige riso e lágrimas reais!

Contraditório mistério:
quero o Ser... e já não o quero mais.
e, entre o "quero" e o "não quero",
o Sonho vaga sozinho
enquanto buscamos o ninho
do conhecido,
ainda que estreito e banal
seja este leito.

Já não quero o Sonho, não,
pois sinto medo!
Ele me expõe, revela o meu segredo
do que poderia ter sido!

E assim, o Sonho é esquecido,
navio fantasma,
errante e frio,
sombrio viajante.

Mas, feliz ou infelizmente,
às vezes, os Ventos do Norte
aportam de volta, em minha mente,
a  inconveniente memória...

E transpiro, agitada, na noite,
ao sonhar com vozes repetindo,
ruidosas, qual mar, que, bramindo,
vai cantando um esquecido mundo: Glória!
            um clamor tão dolorido e fundo: Glória!

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