Poesia para despertar Sophia

Poemas inspirados em vivências filosóficas



Aos meus dois lares: terrestre e celeste...

Personalidade é coisa que adora lar.
Gosta de sair, mas gosta ainda mais de chegar.
Descalça os sapatos, pisa o chão,
cuida das plantas do quintal dos fundos,
brinca com o cão da casa,
relaxa, respira, extravasa
e se sente dona do mundo.
Se é virtude ou comodismo,
quem poderia julgar?

Só sei que há uma variedade
de saudade
que não se sente em casa
no lote tanto da rua tal.
Mas sente alegria igual
ou maior, quem saberá,
em outro tipo de lar.

Quando vê alguém crescer,
ser fraterno, ter nobreza,
ou quando vê flor sobre a mesa
e ouve canção inspirada...
Ou quando não vê nem ouve nada,
mas vira para dentro e acha paz.
Quando confere seus atos,
aqueles diários, banais,
e os acha puros...
Ou quando conduz, pelo escuro,
alguém, no rumo da luz...

Ah, que os sapatos da alma
num instante vão-se embora!
Ah, que a alma lança fora
todo o peso e adereço!
Lar da alma não tem preço!
É graça, espaço, expansão!
E obriga à conclusão
que não há melhor retorno,
que não há melhor achado.

Se a vida te sufoca
que nem gravata apertada...
Se cansa e machuca os pés,
é bom ter calma, rapaz...
Conferir o endereço
e caminhar com cuidado,
pois algo anda ao revés,
algo anda pelo avesso,
e tua alma, em rumo errado!


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